SONETO DOS TRILHOS ESQUECIDOS
Sinto saudades da estação de trem:
Dos velhos tempos bem vividos antes;
Das despedidas lacrimais de amantes
E das esperas em chegar alguém.
Sinto saudades da carruagem férrea
Gemendo as dores de sua vida dura
Que no caminho vicinal perdura
Estremecendo minha falta térrea.
Quantas estrofes no entardecer
Fiz ao horizonte a mirar quão vagar
Prosseguia o trem a seu destino ter!
E cada verso derramado ao ar
É como o trilho feito hoje a jazer
No chão dormente para enferrujar.
20/06/2011
Leandro Seribelli
Enviado por Leandro Seribelli em 22/06/2011
Alterado em 09/06/2024